quinta-feira, 27 de abril de 2017

                        Que os Jogos comecem

       Eu tinha dito que teria duas matérias na semana passada, mas por conta da revisão final do meu livro medieval, acabou que não tive tempo. Por isso peço desculpas. Essa semana me pediram que fizesse uma matéria sobre livros com uma temática mais caótica, e aqui está ela. Hoje irei falar sobre livros com a temática de sobrevivência. É de comum acordo que este tipo de livro atrai e conquista fãs de todas as idades, e rende muito para os bolsos do autor. Desde os tempos de outrora, que os humanos tem um gosto por ver jogos nos quais as pessoas colocam suas vidas em risco. Vide o Coliseu, que atraia centenas e centenas de pessoas para ver os gladiadores darem suas vidas por mero entretenimento. Mas não pense que por que o tempo passou e estamos globalizados que essa sede de sangue sumiu com nossos antepassados. Quem aqui não gosta de uma luta na TV? Pois bem, apesar de não ter mais mortes, ainda assim curtimos ver lutas e competições onde os participantes dão tudo de si.
    E isso reflete nos livros e mangás. Vários autores optaram por escrever histórias deste gênero, e é sobre eles que vou falar hoje. Se você quer escrever algo deste tipo, preste atenção na matéria. Pois bem, vamos lá.
    Um livro que aborda um jogo extremo, e que para mim, de todos os que vou falar hoje, ele é o segundo melhor é Battle Royale. Escrito por Koushun Takami, o livro foi lançado em 1999 e até hoje é um dos precursores deste estilo Survival Horror. Devido ao seu alto grau de violência, o livro chocou o país, mostrando algo até então nunca visto em um livro onde os protagonistas eram meros adolescentes. Situado em um japão fictício, dominado por uma força policial chamada de República da Ásia Oriental, de tempos em tempos 50 alunos cursando o 9º ano, são escolhidos aleatoriamente e tem de cada um pegar uma arma e matar todos os seus colegas, sendo que somente um pode ser o vencedor. Com o pretexto de ser uma viagem escolar, um novo grupo de alunos é levado até um local inóspito onde tem de enfrentar esse jogo doentio do governo. Não vou falar mais para não estragar a leitura, e recomendo que assistam o live-action número 1, que foi baseado no livro. Se quiser mostrar o lado desesperador de jovens protagonistas que só querem sobreviver, além de que todos, por mais jovens que sejam, ao se verem em uma situação caótica, tornam-se tão cruéis quanto qualquer adulto, Battle Royale é seu melhor exemplo, pois induzir protagonistas jovens em uma situação que até mesmo adultos não saberiam lidar rende bons livros.






    Agora vou falar do já conhecido por todos, Hunger Games, que apesar de muitos fãs dizerem que é um texto original, é claramente evidente que a parte de sobrevivência e até um pouco da política opressora foi baseado no Battle Royale. Todo mundo conhece a história de Katniss, do sacrifício e do terror que ela passou durante os jogos e fora dele também. O que vale ressaltar no livro é que ao contrário do BR, a ênfase política é maior, dando a sensação que isso poderia realmente acontecer conosco do jeito que o mundo está atualmente. Em geral, livros deste gênero sempre são meio distópicos, mas HG é sem dúvida o melhor em retratar a política como uma forma de caos. Os filmes não abordam tanto isso, e focam mais no romance KatnissxPeeta, o que acho que acabou desvalorizando uma obra tão boa quanto HG. Se quer criar um livro, onde exista um jogo, mas com um cunho mais real, uma política dominadora e consequentemente opressiva, leia a trilogia.








     Voltando para o japão, que para mim é onde reside as melhores histórias deste gênero, temos Kaiji, que para mim é o melhor deste gênero. Aqui não temos uma política opressora, nada distópico, só o bom e velho mundo real. Kaiji conta a história de Itou Kaiji, um jovem que após se endividar horrores, recebe a proposta de participar de um jogo em um cruzeiro, onde ele teria a chance de não só cobrir suas dívidas mas também de ficar milionário. Kaiji aborda a ganância humana, e como nós somos levados a fazer qualquer coisa por dinheiro, arriscando até mesmo nossas vidas. Os jogos em si do Kaiji é que são interessantes. Cada um é bem específico e não tem como ficar com os olhos grudados seja no mangá, no anime ou nos live-actions, torcendo como se fossemos nós os jogadores. O jogo de cartas lembra em muito o jogo Uno, Magic, ou até mesmo YU-Gi-OH, apesar de ser reduzido a bem menos cartas, não deixa o jogo desinteressante. Eu queria um baralho daquele para jogar. Quando for criar um livro onde exista um jogo ou mais, seja criativo, tentando fazer algo que ninguém jamais viu, e isso em si não é fácil de fazer. Leia e assista Kaiji, se quer além de ter uma ideia de como fazer um jogo mais realista, ter ideias para criar seus próprios jogos.







      Por último temos Gantz, que é sem dúvida a história de jogo de sobrevivência mais legal e bizarra ao mesmo tempo. Gantz, foi criado por Hiroya Oku, e conta a história de Kurono Kei, que após reencontrar um velho amigo de infância, acaba morrendo junto com ele e indo parar em um apartamento com pessoas estranhas. Após o susto inicial e o desespero de não saber o que aconteceu ao certo, eles notam uma grande esfera negra, que conversa com eles por meio de uma tela. A esfera diz que eles agora tem de matar certos aliens e que ganharão pontos por isso, resultando ao final de cem pontos a possibilidade de até mesmo sair do jogo. Com inúmeros aliens perigosos, uma boa dose de erotismo e muito sangue, Gantz é em si um dos jogos mais desesperadores de todas essas obras que citei. Mesmo com suas Suits especiais, armas a laser e tudo mais, os Aliens estão sempre surgindo cada vez mais fortes e o jogo se torna cada vez mais desesperador. Existe o mangá, o anime, dois live-action e uma animação colossal que cobre um dos melhores arcos da história. Se você autor curte caça a alienígenas e muito sangue, e quer escrever um livro com um jogo como este, o que não falta é material do Gantz para sua pesquisa.








       Bem pessoal, por hoje é só. Divulguem, compartilhem e farei o máximo para trazer a nova matéria antes do meio da semana que vem. Ah e já adianto, a próxima matéria será sobre livros eróticos, por isso aguardem.

domingo, 16 de abril de 2017

                            Analisando o caminho

    Decidi fazer uma matéria surpresa, por que minha amiga Cinthia David essa semana passou por um problema e por ele irei fazer essa matéria. Essa semana ainda farei a matéria principal, por isso essa será um pouco curta, mas não sem conteúdo. Bem, vamos falar sobre Como transformar sua ideia em uma história completa. Eu sigo vários e vários métodos para criar minhas história, e até hoje não tive problemas para criar ou moldar algo. Isso se deve pelo fato que eu venho das aulas de mangá, e quando cursava aprendi métodos para criação de meus mangás, e uso os mesmos métodos para criar meus livros. Meu professor na época me disse que esses passos na verdade são passos empresariais, mas que se aplicam a qualquer objetivo que se tenha, e está funcionando bem até agora. Irei numerar cada um, a ordem na verdade não importar por que uma coisa leva a outra, por isso fica a seu cargo. Vamos lá então.

     1º Passo: Não pense demais!!!!!

    É engraçado dizer para não se pensar quando estamos criando uma história, mas a chave para sua ideia dar certo é justamente isso. Se teve uma ideia X, e quer transformá-la em um livro, a princípio, aceite a ideia como ela está. Muitos autores quando tem uma ideia, já pensam logo em fazer vários livros, sagas e esse tipo de coisa. Mas na verdade um livro para ter continuação, tem de ser bom desde o primeiro. Não fique minando a ideia original, deixando o melhor para possíveis segundos livros. Pois se fizer isso pode nem ao menos conseguir lançar o primeiro. Além disso as vezes pensamos que a história está clichê demais, ou que parece insana demais ou até mesmo boba demais. Mas se você teve esta ideia, vá em frente. Muitas vezes ficamos estagnados em um projeto por pensarmos em tudo o tipo de coisa, e não deixamos a ideia se tornar realidade. Nós mesmo sabotamos nosso próprio trabalho. Eu uso um método, que fica como dica para vocês, e é essa aqui: Sempre que estiver pensando em fazer um livro, escreva um conto pequeno, de umas vinte paginas, com um personagem desse livro, como se fosse um epílogo. Depois disso, você mesmo irá perceber se vale ou não a pena continuar, e a partir daí você começa seu projeto. Por isso, pense menos e aja mais, o livro não vai te morder como o Livro Monstruoso dos Monstros.






     2º Passo: Não tenha medo de compartilhar.

    Na maioria das vezes, nós mesmos não conseguimos avaliar se nossa ideia de livro é boa, por isso precisamos de opiniões alheias. Obviamente temos de escolher boas pessoas para avaliar nosso trabalho, seja um amigo de confiança, um colega de escrita ou até mesmo seus pais. Eu mesmo uso sempre minha mãe, pois além de ser a pessoa que me incentivou a ler, ela é uma eterna amante de livros e sabe julgá-los bem. Como disse no passo anterior, se você escreveu um conto de base, mostre ele para essa pessoa de confiança e veja o que ela achou. Não que você tem de sempre seguir a opinião dela ou de mais pessoas, mas é sempre bom que nossa história seja vista de vários ângulos de visões. Isso sempre ajuda na hora de esquematizarmos um livro. Escrevemos para que nossas histórias sejam lidas por inúmeras pessoas, por isso, por que temer ouvir uma opinião aqui e ali?






        3º Passo: Não tente agradar a todos.

    É quase controverso esse passo, pois não devemos nos deixar levar por todas as opiniões. Já tinha até feito uma matéria falando sobre o pior inimigo do escritor e lá vimos o mal que ele causa. Os maiores livros do mundo fizeram e fazem sucesso por trazer uma ideia surpreendente e diferente das demais obras. E sabe a razão? Por que eles não tem pudores sobre o que escrever. É certo que temos de encontrar nosso nicho literário, o gênero no qual iremos trilhar e conquistar fãs. Mas mesmo nele não podemos nos deixar levar e tentar agradar a todos. Não acha que RR Martin lê muitas reclamações sobre a morte de tal personagem? Se ele fosse acatar a todos os pedidos, todos os Stark e tantos outros estariam vivos, e o livro terminaria no primeiro. Siga seu instinto, faça o que quer fazer, ou seu texto se tornará maçante para você e isso irá fazer com que perca a vontade de escrever, o que irá fazer seu texto decair em qualidade. É bom receber sugestões. É extremamente necessário, mas não podemos deixar de seguir um rumo no qual queríamos tomar somente para agradar a quem lê.





    4ºPasso: Não faça mais do que sua capacidade.

    As vezes quando temos uma ideia de livro, acabamos nos baseando em outra obra do gênero. Quem nunca pensou: Meu livro medieval tem de superar Tolkien!! ou, Meu romance tem de ser melhor que os do Nicholas Sparks!! Só que não vemos que não é só a ideia do livro deles que é boa, mas sim a experiência que eles acarretaram ao longo dos anos. Se estiver com uma ideia para um livro, não tente criar algo para competir com livros desse porte, e de nenhum outro. Escrever não é uma competição(a não ser que seja um concurso) e sim a personificação de uma ideia sua. Por isso não tente escrever palavras difíceis, ou tentar implantar uma ideia ou estrutura no seu livro na qual você mesmo não entende ou não está acostumado. Saiba seu limite, e ultrapasse-o pouco a pouco, ou irá acabar tendo uma enorme dor de cabeça. Nem mesmo Jon Snow se tornou o rei do norte sem calgar um longo caminho.








    5º Passo: Saiba a hora de seguir outro caminho. 

    Depois de avaliar sua ideia, ouvir opiniões e construir seu próprio método de como prosseguir, as vezes irá ver que a ideia original não era tão boa, mas que existe um jeito de fazer dela um bom projeto. Por isso não tenha medo de fazer as alterações que deve. Se você sentir que terá de mudar algumas coisas que não estavam no papel a princípio, faça-as. Muitas vezes o medo de tomar outro caminho nos impede de criarmos uma boa história e com isso lançarmos um bom livro no mercado.







    Bem, espero ter ajudado não só minha amiga Cinthia, mas a todos que estavam passando por esse problema. Essa semana ainda lançarei mais uma matéria, por isso até breve. Sigam, compartilhem e divulguem. Até a próxima.

quarta-feira, 12 de abril de 2017

                          A razão por toda a ação

   Primeiramente peço desculpas por ter demorado a publicar uma matéria essa semana. Meu PC atualizou errado alguma coisa e travou todo, tive de formatar e isso me custou um dia e meio. Mas vamos ao que interessa. Sabemos que na vida se não tivermos um objetivo, nossas vidas ficam vazias, e isso também reflete nas obras. Por muitas vezes vemos protagonistas confusos que hora ou outra mudam sua linha de raciocínio e a história não chega a lugar algum, ou termina de modo simples demais que te faz pensar o que te fez a perder tanto tempo. Pois bem, hoje iremos falar sobre a Motivação dos protagonistas, que acima de tudo é o que impulsiona a história a tomar um rumo diferente, um estilo diferente de leitura variando do tipo de motivação. Por isso vamos aos exemplos.
    Começaremos pelo seguimento de motivação de protagonista que se chama Escapismo. Já falamos sobre escapismo em uma matéria passada, mas o escapismo também é um dos vários tipos de motivação. Pois bem, existem vários tipos, mas vamos nos concentrar em dois deles. Em O Hobbit, vemos o escapismo como motivação para Bilbo em relação ao tédio diário. Pois foi a vontade repentina de sair da vida cheia de marasmo, aquele rotina que muitos de nós conhecemos tão bem, que impulsionou Bilbo para sair do Condado e percorrer a terra-média. Podemos criar motivações assim para nossos protagonistas, não precisa necessariamente ser somente para histórias medievais, podemos implantar essa fuga da rotina em qualquer tipo de história, como por exemplo um homem de meia idade que quer se redescobrir e viajar mundo afora. O segundo tipo de escapismo vemos em Harry Potter. Em Harry Potter e a Pedra Filosofal, vemos a triste vida de Harry, sua vida com os tios e toda aquela falta de afeto. A motivação de Harry foi conseguir fugir daquela vida de maus-tratos, indo para um mundo totalmente novo, onde ele poderia ser alguém e não só o menino que vivia debaixo das escadas. Criar motivações que explicam que o protagonista está descontente com o mundo em que vivem é um exemplo a ser seguido.






    Outro tipo de motivação para um protagonista é a justiça, seja ela na forma de vingança ou uma versão distorcida do que é justiça. mas como assim? Vou explicar. Primeiramente temos Beatrix Kiddo, A Noiva em Kill Bill, todos conhecemos a sangrenta história da Noiva, de como mataram seu noivo e seus amigos e quase a mataram também. O que motiva a protagonista é a mais pura vingança, a sede de fazer com que aqueles que a fizeram sofrer sofram duas vezes mais que ela. Vingança é uma das motivações mais usadas em livros, é tantos livros com esse tipo de motivação que é impossível falar sobre todos. Mas mesmo que seja um segmento muito usado não significa que você autor não possa criar uma história excelente usando vingança como motivação. A morte de uma família, uma tentativa de assassinato, vingança por estupro ou tortura, tudo isso é válido nessa seguimento, que pode ser aplicado em qualquer história, desde romances policiais como histórias medievais. O limite é sua mente.









     Agora e sobre a Distorção do que é justiça? Existem histórias que os personagens criam para si uma versão distorcida de justiça, e todos aqueles que se opõe a essa distorção é um inimigo declarado. O melhor exemplo deste estilo de motivação é Kira, do mangá e anime Death Note(desconsidero dramas e live-actions feito sobre Death Note pois passam longe de serem fiéis a história original). Em Death Note vemos Raito Yagami, um gênio adolescente frustado com o sistema de justiça no mundo que acaba por encontrar um caderno que mata pessoas. Ele na mesma hora que constata que o caderno é real, já se autointitula o Deus do Novo Mundo, e cria para si um distorção do que é justiça(apesar de eu mesmo concordar com ele em alguns aspectos kkk). O que mostra que Kira está errado é quando ele começa a matar policiais inocentes para encobrir seu rastro, e aí vemos que ele está errado. Criar um personagem que acha que ele é o Juiz, Júri e Executor é um forma brilhante de criar motivações para um bom livro.






    Outro tipo de motivação é o Poder, que para mim é sempre a motivação que gera as melhores histórias. Quem no mundo não se sente pequeno diante de pessoas importantes como políticos ou celebridades? E quem não sonha em estar no lugar deles nem que seja um pouco? É essa a motivação de certos tipos de protagonistas seguem, a sede por poder. Temos dois grandes exemplos sobre personagens assim. Primeiramente temos Frank Underwood da série House of Cards. Tanto no livro quanto na série vemos a saga magistral do político em busca do poder, que não quer só ser presidente do pais. Frank busca algo a mais, e vemos o que ele faz para chegar lá. Com a motivação de querer estar no mais alto escalão da sociedade, o personagem se torna dinâmico, o que faz ele ser amado e odiado ao mesmo tempo. Outro exemplo é a série Narcos, que apesar de estar bem diferente da vida do verdadeiro Pablo Escobar( é só pesquisar que verá notícias explicando as diferenças), que mesmo sendo uma série Baseada na vida de Pablo, vemos que a motivação dele era o poder absoluto. Um garoto pobre que ascenderia na sociedade, mesmo que por meios errados. Personagens com essa tipo de motivação criam excelentes histórias, pois quem realmente almeja o poder, não tem um limite para suas ações e isso possibilita você autor a poder percorrer com seu personagem por caminhos que um herói comum não poderia trilhar. Se é este tipo de motivação que quer para seu personagem, assista as duas séries.










    Bem, deixei essa motivação por último, pois para mim é a mais complexa de todas, apesar de ser em parte a mais simplória. Estou falando do Amor. Uma palavra complicada seja no mundo literário ou no mundo real. Amor é sempre a motivação para várias ações, seja elas boas ou ruins. Para dar exemplo dessa motivação primeiro vou falar sobre Drácula, que para mim é a maior história de amor já escrita. Esqueçam toda a parte do terror, o que motiva Drácula a se tornar o maior ícone dos livros de terror foi seu amor por sua esposa. Drácula é a prova do que uma pessoa pode se tornar por causa do amor inabalável por alguém. Renegando Deus e se tornando um ser sedento por sangue, Drácula fez o que fez e morre por causa do Amor. Outro grande exemplo é Severo Snape. J.K Rowling brincou por anos com todos que leram o livro, fazendo com que odiássemos Snape para que depois víssemos que tudo o que ele fez foi por amor. Mesmo errando em delatar os Potter, Snape teve de conviver pelo resto da vida com a dor da perda do amor da sua vida. O amor de Snape era tamanho que mesmo depois de anos, ele amava Liliam como se ela ainda estivesse viva. Morreu para salvar o filho da mulher amada, e tornou-se o maior exemplo dos últimos tempos no mundo literário sobre como é amar alguém incondicionalmente. Se quer criar protagonistas com um fundo mais tenso, use o Amor como motivação para começar sua história, ou terminá-la de forma triste e bela como foi para Drácula e Snape.






     Pessoal, novamente peço desculpas pelo atraso, e peço que compartilhem, divulguem e sigam. E até semana que vem.

segunda-feira, 3 de abril de 2017

                            O Lado Negro da Fantasia

    
    Desde que fiz o blog queria muito fazer essa matéria, justamente por que é o gênero que estou atualmente escrevendo, e que está absorvendo um número considerável de minha energia mental, pois não é nem um pouco fácil escrever o que chamamos de Grimdark. Vários e vários escritores tentaram definir o que vinha a ser este gênero, mas dentre todos os que vi, achei o comentário do autor Jarde Shurin uma das melhores definições do que é o Grimdark. Ele diz que " Fantasia Grimdark tem três componentes principais: Um tom sombrio e escuro, um senso de realismo(por exemplo os monarcas são inúteis e os heróis falhos) e o fator de que neste estilo os heróis já não são predestinados a alguma coisa, e em sua maioria estão entre a linha do bem e do mal, tão confusos com suas escolhas como nós mesmos somos." E é justamente isso que este gênero é. 
     No Grimdark, não existe um local onde todos são bons e felizes, nem um lugar onde somente os vilões se encontram. Na realidade, todos eles são praticamente o mesmo lado da moeda, assim como na nossa vida. É esse realismo que faz deste gênero um dos melhores já criados. Mas como vamos criar histórias assim? Separei alguns exemplos que podem a ajudar. Falaria do meu próprio livro, mas não quero ser pretensioso a ponto de colocá-lo como exemplo, pois existem mestres neste assunto, e é deles que vamos falar. Irei citar exemplos, e deles veremos como se constrói um Grimdark, citando qual das bases do Grimdark ( Personagens cinzas, violência, protagonistas obscuros e ambiente hostil) cada um se sai melhor.
    Começamos por ele, o autor que praticamente tirou este gênero do submundo literário e colocou ele entre os mais vendidos de todos os tempos. Estou falando de George R.R. Martin e suas Crônicas de Gelo e Fogo. O Got, como é comumente conhecido, foi o livro Grimdark que mais chamou a atenção, surgindo como um divisor de águas para os fãs de literatura medieval. Na verdade, muitos fãs de Martin o comparam a Tolkien, o que gera uma verdadeira guerra de fãs. Mas o próprio autor já disse que sua história são completamente diferentes, e quem lê sabe que não tem como compará-los, pois os dois são dois pontos distintos com uma cratera de diferença. Got conta a história de vários reinos, como todos já sabem, e o que faz de Got um sucesso são os elementos diferenciados na história, e essa diferença é justamente o que caracteriza um Grimdark. Em Got temos pessoas boas, mas em geral vemos pessoas ardilosas, reis cruéis e monstros assustadores, mas o foco principal é mostrar que todos ali querem sobreviver, e que cada um faria o que for preciso para isso. Quantas vezes em Got nos surpreendemos com as atitudes de um personagem que julgávamos ser de um jeito, mas que em determinado momento age completamente o oposto? Ou um vilão, quando vemos o que ele passou ou passa na vida para agir deste modo. Isso são chamados de Personagens Cinzas, personagens que não estão nem do lado do bem nem do mal, são só humanos, que como nós, só queremos um lugar ao sol. Utilize de personagens cinzas logo de inicio quando for criar um livro Grimdark, eles são a alma do gênero.





   Indo agora para o mundo dos mangás, irei falar sobre Berserk, que para mim é um dos Grimdark mais absurdamente violentos que já li na vida. Se você é fã de Got irá dizer que Got é violento. Sim, ele é, mas o modo como Berserk lida com violência é algo que nem mesmo Got é capaz de superar. Em Berserk vemos a vida de Guts, um Ex-Mercenário amaldiçoado que vaga pelo mundo em busca de vingança. O que chama a atenção em Berserk é a violência, que é tratada de forma tão natural quanto se é possível aguentar. As mulheres são violadas em praticamente todas as edições do mangá e nos episódios do anime. Violações essas que podem ser feitas por homens, mas que em geral são feitas por monstros, demônios e todo o tipo de coisa que surgir em frente a elas. É esse justamente o fato que me faz ficar um pé atrás com o mangá, por que todos sabemos que em épocas assim a situação era feia para o lado das jovens moças e mulheres em geral, mas o modo como o autor dispõe isso é quase sádico. Quantas vezes vemos Casca sofrer atentados, ou ser violada, e não só ela, qualquer jovem que aparece na história? Acho que se o autor diminuísse um pouco as violações ficaria perfeito, pois as vezes a história(que é maravilhosa) para por que temos de ver alguma moça ser violada por algo grotesco. Além disso as batalhas são verdadeiros banhos de sangue, com direito a eviscerações de modo que faria até mesmo Jon Snow passar mal. Se quer criar um Grimdark, onde o foco seja a violência, leia e assista Berserk, mas tenha estômago para isso.






   Agora vamos falar sobre outra base do Grimdark, que é a do protagonista obscuro. Em muitos Grimdark, podemos ter um nível de personagens cinzas menor, uma violência moderada, mas com um enfoque tão bom quanto essas bases do gênero. E essa base é a do protagonista obscuro. O Protagonista Obscuro nada mais é do que aquele personagem que é o foco central da história, mas que ele mais parece um vilão do que um herói. Nem Anti-herói podemos chamá-lo, pois seria amenizar sua personalidade. Esses "heróis" são pessoas que sofreram alguma dor tão forte, que a única coisa que conseguem é seguir uma linha de vingança e deixando um rastro de morte e caos por onde passam. Em muitos Grimdarks vemos histórias assim, um grande exemplo disso é o livro Prince Of Thorn, de Mark Lawrence. Já tinha falado sobre Jorg em uma matéria passada, mas ele é o personagem que mais se encaixa nesse gênero. Ainda criança o príncipe Jorg Ancrath testemunhou o brutal assassinato de sua mãe e seu irmão caçula William. Incapaz de defendê-los, ele acabou caindo e se escondendo em uma roseira-brava, onde os espinhos não só rasgavam sua pele mas também sua alma. Então a partir daí ele vê que precisa amadurecer para buscar saciar sua sede de vingança, doe a quem doer. Jorg é tão bestialmente obscuro que até mesmo fantasmas correm ao ver dentro de seus olhos. Se quiser criar um Grimdark com um protagonista obscuro, que nem de longe pode ser chamado de heróis, mas ainda assim é mais heroico que muitos por aí, leia a trilogia dos espinhos.




    E por último temos a Trilogia A Primeira Lei. Esse Grimdark escrito por Joe Abercrombie, é sem dúvida o melhor exemplo de ambiente hostil que um Grimdark deveria ter. Acompanhamos a vida de vários personagens, entre eles meu preferido, Sand Dan Glokta, um ex-soldado que depois de torturado vira um carrasco implacável. Mesmo contendo personagens cinzas, violência e protagonistas obscuros o que chama a atenção desta trilogia é justamente o ambiente hostil em que o autor nos coloca. Em um mundo devastado pela guerra, vemos não só batalhas territoriais mas também conflitos vindos de criaturas outrora esquecidas e perigosíssimas. O ambiente dos livros é tão forte que quando lemos dá a sensação de que não existe um único lugar seguro em todo este universo, e que certo mal pode ser substituído por outro ainda pior. Essa sensação de desesperança é a base mais marcante dessa trilogia. Se estiver querendo criar um mundo hostil, cheio de desesperança e horror, leia a trilogia A primeira Lei.






      Bem pessoal, espero que tenha ajudado. Como sempre, obrigado pelo apoio, e por favor, compartilhem, curtam e divulguem, e até semana que vem.

terça-feira, 28 de março de 2017

                Um dos maiores vilões de um escritor


    Eu já tinha uma matéria pronta, que deixarei para semana que vem, pois poucos dias me aconteceu uma, digamos, discussão em um grupo de escritores que me fez querer urgentemente falar sobre isso. Não entrarei em muitos detalhes, pois isso me irrita profundamente até hoje, mas o que estava em discussão era Os Clichês de um autor brasileiro. Primeiramente só o ato de colocar clichê já me deixou com um pé atrás nessa conversa. Na postagem citaram dez clichês que normalmente um autor brasileiro comete e aí a coisa ficou feia. Falaram que é errado fazer suas histórias se passarem em Londres, ou Eua, ou em qualquer lugar que não seja no Brasil, alegando que editoras não buscam autores que escrevem histórias que se passam fora do Brasil. Primeiramente eles estavam completamente errados, pois nenhum ali era de fato um escritor reconhecido muito menos um editor. Pois escrever no wattpad não te faz nem de longe ser um escritor best-seller.
     Além disso, falaram sobre criação de universos próprios e cada item que eles falaram que era clichê só me fez me perguntar o que eu fazia ali naquele grupo. Mas então decidi dizer aqui o que você escritor, pode fazer parar ser livre, e como sempre, nunca impondo o devem fazer mas sim uma escolha para que vocês mesmos julguem se é uma boa opção ou não. Pois bem, vamos lá.








          O pior inimigo de um escritor é sem dúvida outros escritores, notem que os maiores escritores não se socializavam com muitos outros escritores. Quero deixar claro que, quando você recebe uma boa crítica, sempre é positiva, e existem muitos autores que realmente irão te ajudar caso você peça ajuda. Eu mesmo tenho um carinho enorme pelos escritores Ana Faria e Samuel Medina, que foram praticamente meus mentores no mundo literário. Os dois não me disseram o que eu tinha de fazer, simplesmente me deram dicas, como as que posto aqui, para que eu lapidasse a minha obra a meu bel prazer. Pessoas assim são necessárias na vida de um autor, mas todos sabemos que não são todos como meus dois amigos. Em geral, existem milhares de grupos em redes sociais que abordam a temática feliz de "Vamos todos ser escritores felizes,juntos"(e sabemos que não dá para ser feliz o tempo todo, ainda mais quando se escreve uma obra, pois se fosse fácil todo mundo tinha seu livro publicado), mas quando você entra nos grupos o que mais vemos são pseudo-autores que querem diminuir você autor, que está tentando buscar aquela ajuda para suas obras. É um fato que quando você começa a falar sobre sua história irá encontrar umas vinte pessoas que irão curtir e umas mil que irão dizer que você devia fazer uma pequena mudança, para o seu próprio bem. Cansado de ser enganado hein pessoal?









    O escritor de verdade ajuda no que pode, nunca interferindo na obra do amigo, pois ele mesmo não gostaria que interferissem na dele. Na maioria dos casos vemos que quem criou o grupo é sim uma boa pessoa, um bom autor que só quer ajudar, como provavelmente foi ajudado, mas as pessoas que ali estão no grupo podem ser diferentes. Se disserem que sua obra está ruim por que criou seu próprio universo ou não colocou elementos da cultura brasileira, ignore estas pessoas e tente não manter contato com elas, respondendo seus post como se fosse uma batalha verbal literária. Uma das coisas mais lindas de ser escritor é justamente o fato de criar seus próprios universos, suas próprias culturas, religiões e leis, ainda mais se o autor em questão for como eu, amante do bom e velho R.P.G. Pensem se George Martin não criasse Westeros por que é errado criar seus próprios mundos? Em geral quem diz que é clichê criar mundos é por que não tem genialidade suficiente para fazer o que você faz com naturalidade. Pense um pouco, J.K, Tolkien, Riordan, todos eles criaram seus próprios mundos, e hoje são reconhecidos por seu talento. O que então está errado em você, autor brasileiro, escrever e criar seus mundos? Se disserem que é loucura, diga que então que é o mais pirado de todos e nunca mais dê atenção a esta pessoa.








    Um termo pejorativo entre os autores brasileiros é o que eles chamam de Filhos de Tolkien, autores que se baseiam na obra do Grande Mestre para criar as suas próprias obras. Gente, vamos falar sério agora. Que autor não tem seu escritor preferido e não quer ter um pouco dos elementos do mesmo em suas obras? Não falo de plagiar, mas sim de ter aquela essência que nos fez sentirmos atraídos por certa obra. Eu mesmo sou ultra fã da J.K, de Edgar Allan Poe, Sir Arthur Conan Doyle e do diretor Tim Burton. Busco sempre deixar minhas obras com certos elementos de cada um deles, então isso é errado? Obviamente não. Só por que escrevemos temos de escrever aquilo que não gostamos, e sim o que está em moda e tudo mais? Isso é algo que nunca deve ser feito. Um bom escritor não deve saber escrever bem e sim contar boas histórias. Quando alguém te chamar de algum desses apelidos, sorria como a Wednesay  Addams e saia de fininho.







     E por último, ainda existem aquelas pessoas que falam que não conseguiram achar graça na sua história por que faltou justamente o Clichê. Sim, as vezes, a mesma pessoa que criticou uma obra passada sua por conter clichês demais, quando você apresenta seu novo trabalho, diz que faltou uma coisinha, e quando você pergunta o que é ela simplesmente pergunta: - Mas e o personagem principal não vai ficar com a mocinha? - Mas eu pensei que a mocinha não iria morrer!!! - Poxa, esperava um final mais legalzinho, tipo nos filmes românticos. 






    E por aí vai. Isso só prova que o pior inimigo de um escritor é a opinião alheia, principalmente vindo de outros autores que em geral passam mais tempo criticando a obra dos outros do que fazendo as próprias. Particularmente estou evitando entrar nessas grupos e só respondo quando vejo que é um assunto realmente relevante. Por isso autor, não se deixe levar pela opinião dos outros. Faça aquilo que quer fazer, escreva sua obra como bem quiser, e aprenda a escolher bem quem serão seus conselheiros, pois, a obra é sua, e só você sabe o trabalho e ao mesmo tempo o quão bom é escrever sua história. Escreva, independente de como irão reagir a sua obra, escreva com a alma de um leitor, pois antes de escrever suas obras, era isso que todos nós éramos, bons leitores. Isso sim é algo que um escritor de verdade tem de fazer.






    Bem pessoal, a matéria foi um pouco diferente, mas tive de desabafar. Semana que vem tem matéria super especial. Por favor, sigam, compartilhem, divulguem e até a próxima.

segunda-feira, 20 de março de 2017

                         Longe de serem o sexo frágil


    Sabemos que o mundo está vivendo uma época em que emponderamento é considerado luta por direitos, mas em meio a isso, existem pessoas que realmente querem o bem e suas causas são justas. O mundo ainda não aprendeu que tudo que termina em ismo, seja machismo, feminismo e por aí vai não tem fundamento, em vez de irmos para a direita ou para esquerda deveríamos ir para frente. Mas em meio a tudo isso, vemos exemplos memoráveis de pessoas que ainda tem uma mente... digamos, não adaptável quanto a sociedade atual vive. E vemos vários casos de machismo no mundo, e isso reflete também nos livros, games, séries e animes. Só que pouco a pouco esse segmento está dando espaço para personagens femininas, que convenhamos, em muitas vezes são melhores que muitos protagonistas por aí. Mas e como criar personagens femininas memoráveis? Trouxe alguns exemplos que podem lhes ser útil. Pois bem, vamos a eles.
     Primeiramente temos ela, o ícone do poder feminino. Estou falando de Diana de Themyscira, ou Mulher Maravilha. Criada pela editora DC Comics, em 1941, a amazona mais famosa do mundo teve várias versões de sua origem, sendo que ao longo dos anos, suas histórias foram as que mais sofreram com a rejeição do público. No início, Diana sempre acabava ficando presa em seu próprio laço, dando aquele ar meio Sr. Grey, mas com o passar dos anos e como as próprias as mulheres, que foram lutando por seus direitos na sociedade, as histórias de Diana também foram se modernizando, fazendo dela praticamente um símbolo dos direitos das mulheres. Sempre disposta a salvar os mais fracos, nunca se deixando diminuir diante de heróis ou vilões, Diana é o perfeito exemplo de personagem feminina que você autor possa usar como exemplo quando for criar sua heroína, mesmo que ela não tenha poderes, mas sim a determinação para lutar pelos seus direitos. 











       Outra personagem feminina que não podia faltar é Leia Organa, ou Princesa Leia. Filha de Padmé Amidala com mais famoso vilão de todos os tempos, Darth Vader( Anakin Skywalker), Leia, mesmo sendo adotada por uma família poderosa e rica, não optou por ser uma patricinha espacial e preferiu unir-se desde cedo a Aliança Rebelde, que lutavam contra o maquiavélico Império Galático. Uma das únicas personagens femininas da primeira parte da grandiosa saga espacial, Leia se tornou destaque por suas qualidades. Destemida como poucos em toda a galáxia, Leia lutou bravamente e deu tudo de si para salvar a galáxia do lado negro. Atualmente descobrimos que mesmo após trinta anos de árdua luta, Leia ainda teve de suportar ver seu filho ir para o lado sombrio como seu pai, além do abandono de seu maior amor, Han Solo. Interpretada pela saudosa Carrie Fisher, Leia mostrou a todos, que uma mulher não perde a coragem com o passar dos anos, pelo contrário, quanto mais tempo se passa, mais sábia e poderosa fica uma mulher. Quando forem criar uma mulher destemida, que sacrificaria tudo por um bem maior, se lembrem de Leia.








      Indo agora para o mundo dos games, temos Samus Aran, protagonista dos jogos Metroid produzidos pela Nintendo. Foi uma das primeiras protagonistas femininas na história dos games, e foi a única que não teve de apelar para pouca vestimenta para ser amada pelo público, tanto que no inicio pensava-se que ela era somente um androide, já que praticamente não se via quem estava por dentro a armadura. Baseada em Ellen Ripley, de Alien, a personagem se tornou um símbolo no mundo dos games, sendo que seus desafios são tão perigosos que poucos heróis marrentões poderiam suportar. Única sobrevivente de seu planeta, Samus recebeu treinamento da raça alienígena Chozo, e com isso ganhou sua Power Suit, sua fiel armadura. Em sua saga para exterminar os Metroids, Samus segue sua vida solitária e perigosa usando tuda a coragem para salvar não só a si mesma como toda a galáxia. Se quer criar um personagem sem cunho sexual, corajosa e solitária, Samus Aran é seu melhor exemplo.






     Ainda nos Games, temos Lara Croft, outro ícone feminino que até hoje é aclamado por ambos os sexos. Inspirada em Indiana Jones, Lara foi criada pela Square Enix e acabou se tornando um dos jogos mais jogados em todo o mundo. Criada por seu pai, Richard Croft, que após morrer deixar toda sua fortuna para Lara, a jovem, atlética e muitas vezes imprudente Condessa de Abbingdon, sempre disposta a ajudar, tem como hobby viajar pelo mundo coletando artefatos, o que na maioria das vezes a coloca em situações extremas e fatais. Com os quase Reboot lançados pelo Xbox360 chamados de Tomb Raider e Rise of The Tomb Raider, vimos como Lara se tornou a personagem que é no futuro, e tudo o que ela passou acabou moldando sua personalidade para sempre. Inteligente, rica, leal e corajosa, Lara se tornou um símbolo sexual no mundo Gamer, e até hoje é uma das personagens principais mais queridas dos jogos. Se quer criar uma jovem, rica, aventureira, que está disposta a deixar sua mansão de lado para se embrenhar em tumbas perigosas, Lara é um exemplo a ser seguido.






      Voltando para os livros, temos Lisbeth Salander, a minha personagem feminina favorita de todos os livros(desculpe Hermione). Criada pelo jornalista e escritor sueco Stieg Larsson é a protagonista da trilogia de livros Millenium. Lisbeth é uma Cracker, um hacker de computadores que transmite senhas de seguranças e infiltra-se em todo o conteúdo. Após atacar seu pai, que deu uma surra violenta em sua mãe, Lisbeth foi mandada para St.Stefan, um hospital infantil que na verdade era uma fachada para o tratamento mental Uppsala. Sofreu abusos por dois anos e depois se tornou vítima de seu tutor, que a violava sempre que ela tinha de ir até ele pedir dinheiro. Quando conhece Mickael, jornalista e fundador da revista Millenium, Lisbeth atua como investigadora, enquanto acaba por vingar-se de seu tutor, seu psiquiatra e consequentemente de seu pai. Lisbeth é uma mulher forte, que suportou tudo sozinha(como muitas mulheres espalhadas pelo mundo), e que pouco a pouco vai abrindo seu coração a Mickael e tentando lidar com seu passado e começando a pensar em seu futuro. Existe uma trilogia sueca, e uma versão americana, mas recomendo a sueca por que está praticamente igual aos livros, que desde já recomendo a lerem com bastante carinho. Se quiser criar uma personagem mais realista, com problemas reais e perigos que qualquer mulher no mundo correria, Lisbeth é perfeita.







    E por último, temos Marceline Abadeer, do desenho animado A Hora da aventura. Você deve estar pensando a razão de falar dela, mas Marceline tem tudo para ser um exemplo a ser seguido. No ínicio Marceline parecia ser uma vilã para Finn e Jake. Uma garota radical, sempre a procura de aventuras, Marceline conta com um passado triste e que ao longo da série vai sendo explorado. Além do mais é claramente evidente que ela teve um relacionamento afetivo com a Princesa Jujuba, o que em si já algo a ser louvável, pois ela se tornou uma das primeiras personagens femininas homo afetivas das histórias dos cartoons. Sempre cantando quando quer se expressar a Rainha dos vampiros pode muito bem ser parecida com alguma amiga sua, ou até mesmo você, um realismo diferenciado em um desenho, onde os personagens em geral não são tão humanizados. Se quer criar uma personagem Cool, que muitos vão se inspirar, Marceline é seu exemplo.







     Bom por hoje é só. Semana que vem tem mais. Curtam, comentem e compartilhem. E até a próxima.

segunda-feira, 13 de março de 2017

                  Entre o Sexo, o Glamour e as Balas


    Uma das matérias que eu mais queria publicar era esta, e graças a um pedido de um leitor dos Estados Unidos da América(que preferiu ficar no anonimato) irei falar sobre o mundo das histórias investigativas. Sim, um dos mais envolventes gêneros literários é o romance policial. Intrigas, morte, sexo e tudo o que um bom livro possui para prender o leitor até a última página. Obviamente são tantos os exemplos que não conseguiria listar todos mesmo se escrevesse essa matéria pelos próximos vinte anos, mas mostrarei alguns dos mais interessantes exemplos que eu conheço e que me prendeu como leitor por horas e horas em frente aos livros.
    Começarei por um livro que está em foco atualmente por causa da série, e que eu logo descobri se tratar de uma adaptação de um livro escrito por Liane Moriarty, este livro e a série se chama Big Little Lies. Como disse eu descobri o livro por causa da série, mas logo tratei de conseguir ler a obra. Em ambas o clima de mistério é intenso, fazendo com quem lê ou assiste fique estagnado diante do desenrolar da história. A história já começa com uma investigação de um brutal crime e logo somos apresentados a várias pessoas que estão sendo interrogadas sobre o terrível incidente. O mais legal dessa história é que na verdade tudo acerca da história, seja o crime, quem morreu e tudo o que envolve esse crime é contado aos poucos, em relatos que se intricam cada vez mais. Vemos a vida de Jane, Madeline e Celeste, três mulheres, mães, distintas entre si, que por um acaso acabam se tornando amigas e se envolvendo na vida uma da outra a ponto que tudo e todos ao seu redor sejam envolvidos também. Falar mais é estragar a história, só que tenho de ressaltar o elenco poderosíssimo que foi escalado para viver Jane, Madeline e Celeste. Uma jogada de mestre que Liane teve foi a de não revelar nem o crime, nem a vítima nem o assassino logo de cara, criando assim um romance policial perfeito. Se quer ser inovador em suas histórias policiais, Big Little Lies é um perfeito exemplo.






   Falar de romances policiais e não citá-lo seria uma blasfêmia, por isso vamos falar sobre o inigualável, Bond... James Bond. Criado por Ian Fleming, James Bond apareceu pela primeira vez no romance Cassino Royale, e desde então sua fama e suas aventuras só fazem se tornar ainda mais famosas. Sempre investigando algum incidente internacional, James surge nos livros de Fleming sempre colocando o leitor em um universo esplêndido, onde se via belas mulheres, poderosos inimigos e muitas balas. Com mistérios que somente um espião do porte de James podia resolver, os livros de Fleming acabaram por criar um ícone mundial, seja no mundo dos livros como nos filmes. O autor tinha um talento nato para fazer quem lesse seus livros estar em um mundo poderoso, misterioso e sedutoramente fatal. Além dos mistérios em si, Os vilões de James Bond sempre acabam por ser tão fantásticos quando o espião britânico mais habilidoso do mundo. Ainda não consigo achar palavras para descrever DR. No e Raul Silva, vivido por Javier Bardem. Se seu objetivo é criar um ícone investigativo, criando mistérios e perigos que podem afetar o mundo todo, o que não faltam são livros e filmes do nosso eterno 007.




     Outro grande exemplo de como se tornar um ícone investigativo é simplesmente Jack Bauer, da série 24 horas. A série, criada por Joel Surnow e Robert Cochran tem como objetivo mostrar algo até então nunca mostrado antes em nenhum livro ou série, que é o fator de que a investigação tem de ser resolvida em 24 horas, dando um ar mais realístico já visto neste gênero. Estamos acostumados a ver Bond viajando de um lado a outro, mas em 24 Horas vemos que a situação é mais densa e nosso herói não tem tempo para viagens regadas a martinis. O fator investigativo de 24 horas é tão denso que a cada momento desconfiamos de alguém e a cada hora que passa a situação fica ainda mais tensa. Não sei se já tiveram esse sensação, mas quando assistia alguma temporada, ao fim do episódio parecia que eu estava ao lado de Jack Bauer correndo contra o tempo como ele. Quando pensar em criar um livro investigativo mais rápido, com ação do início ao fim, sem perder o foco nos mistérios. 24 Horas serve como base perfeitamente.




    Criado pela genial J.K Rowling, sob o pseudônimo de Robert Galbraith, temos o Chamado de Cuco, que nos apresenta a Cormoran Strike, um detetive que depois de perder a perna no Afeganistão, começa a investigar sobre o suposto suicídio da supermodelo Lula Landry. Cormoran então parte para um investigação que mostra que o mundo dos ricos e famosos pode não ser tão belo assim. Pode até parece clichê mas é de J.K que estamos falando. Além de usar um imersão magnífica, a autora conseguiu criar um clima tenso, abafado, como se você tivesse dentro dessa investigação que parece cada vez mais longe de ser resolvida. Os personagens são memoráveis, e o mistério é digno de Holmes(que não falarei hoje mesmo sendo seu gênero, pois irei fazer uma matéria somente para ele). Uma série está sendo produzida e espero que esteja digna com o livro, que até agora conseguiu mostrar que J.K consegue escrever qualquer coisa, desde investigações até garotos que sobreviveram.






    Indo para a Coréia, temos o atual kdrama( algo do tipo de uma série ou novela, muito famosa em toda a ásia) Voice. É uma história investigativa onde vemos Moo Jin-Hyuk(vivido pelo ator Jang Hyuk), um detetive que vê seu mundo desmoronar ao descobrir que por causa dele não atender a uma chamada de sua esposa, ela acabou se tornando vitima de um Serial-Killer. Após isso ele passa a viver quase que na linha entre a sobriedade e a insanidade mental. Enquanto isso, vemos também Kang Kwon-Joo( vivida pela atriz Lee Ha-na), uma policial recém formada que começa a trabalhar no Call Center de emergência e é ela quem atende a ligação de socorro da esposa de Moo Jin Hyuk. Por culpa de outro funcionário, superior a ela, a esposa de Moo Jin acaba sendo descoberta pelo Serial-Killer enquanto ela se escondia e isso leva fim a sua vida. Kang Kwon tem a capacidade de lembrar-se das vozes das pessoas, sejam elas assassinas ou não, além de identificar sons que podem ajudar em resgates e todo o tipo de auxílio. Mesmo Moo Jin culpando-a pela morte da esposa, os dois acabam se juntando, a contragosto por que o Serial-Killer está de volta e somente Kang Kwon sabe exatamente como é sua voz e com isso os dois podem pegar o culpado e enfim colocá-lo atrás das grades. Além de que em cada episódio, além da investigação do Serial-Killer que matou a esposa de Moo Jin, vemos a dupla resolvendo outros casos, em que a coragem e determinação de Moo Jin e a capacidade auditiva de Kang Kwon são colocadas a prova. É um Kdrama que vale a pena ser assistido se você quiser criar uma história investigativa tensa, bem diferente das habituais.








     Bem pessoal, por hoje é só, espero que tenham curtido. Por favor sigam, compartilhem e divulguem, e semana que vem tem mais. Até semana que vem.